quinta-feira, 18 de setembro de 2014

CONFLITO AGRÁRIO EM ERVAL GRANDE NO RS

 

ZH 18 de setembro de 2014 | N° 17926

CARLOS WAGNER


 PASSO FUNDO - Agricultores teriam despejado índios em frente à Funai



Agricultores de Erval Grande, cidade agrícola de 5,2 mil moradores no norte do Estado, teriam retirado, na manhã de ontem, um grupo de índios que ocupava a beira de uma estrada no município e os levado até o prédio da Fundação Nacional de Apoio ao Índio (Funai), em Passo Fundo, dentro de um caminhão.

Em frente ao prédio, os dois grupos teriam entrado em confronto. A situação foi controlada por patrulha do 3º Regimento de Polícia Montada (3º RPMon), que faz a segurança da região.

À tarde, por volta das 15h, teve início uma reunião entre líderes dos índios, dos agricultores, representantes da Funai e oficiais da 3º RPMon na sede da Polícia Federal, com o objetivo de encontrar uma saída pacífica para o problema.

– A situação está mais calma – relatou um oficial do 3º RPMon.

Esse conflito faz parte de uma disputa agrária entre indígenas e agricultores que se arrasta por mais de duas décadas no Rio Grande do Sul.

Atualmente, existem 30 focos de disputa, que envolvem 10 mil índios e mais de mil famílias de agricultores, a maioria, pequenos proprietários.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CONFLITO NA SELVA


ZERO HORA 05 de setembro de 2014 | N° 17913


Fotos mostram ataque indígena

Exploração ilegal de madeira causou reação violenta de tribos, que se uniram em represália



Fazendeiros amarrados e um caminhão em chamas no meio da selva, no Maranhão, compõem o cenário de um conjunto de imagens revelado ontem pelo fotógrafo Lunaé Parracho, da agência Reuters.

Os flagrantes foram feitos em 7 de agosto, quando membros da tribo dos Caapores (ou Ka’apor, como também são chamados) capturaram e agrediram madeireiros da Terra Indígena Alto Turiaçu, perto de Centro de Guilherme.

Conforme declaração do fotógrafo à Reuters, os índios pediram ajuda ao governo para combater a exploração ilegal de madeira na área, mas cansaram de esperar. Em protesto, teriam decidido agir por conta própria, unindo-se a outras quatro tribos em uma expedição para expulsar os desmatadores.

Acampamentos foram destruídos e fazendeiros foram perseguidos e rendidos. Nas fotografias, alguns aparecem seminus, sob a mira de armas. A Fundação Nacional do Índio (Funai) afirmou que ações contra os madeireiros ilegais têm sido comuns naquela região e o apoio da polícia já foi solicitado.

Segundo Parracho, os índios pretendem continuar monitorando a exploração ilegal de madeira